Melgaço reforça o compromisso ambiental com novas ações no âmbito do projeto LudVISION Minho

No dia 7 de outubro, promovemos duas novas iniciativas dedicadas à proteção dos ecossistemas aquáticos e ao controlo de espécies invasoras. As ações, uma formação dirigida a técnicos e agentes do território e uma sessão prática com alunos da EPRAMI – Pólo de Melgaço, decorreram no âmbito do projeto LudVISION Minho, reforçando o compromisso do nosso município com a preservação da biodiversidade e a educação ambiental.

A formação “Identificação e Gestão de Plantas Invasoras Aquáticas”, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal, reuniu cerca de 50 participantes de ambos os lados da fronteira. Durante a sessão foram apresentadas as principais espécies invasoras que afetam os ecossistemas aquáticos portugueses, com destaque para a Ludwigia peploides, atualmente em expansão no rio Minho, e debatidas metodologias de deteção, controlo e mitigação.

A iniciativa contou com representantes da APA, ICNF, SEPNA, Xunta da Galiza, Confederación Hidrográfica Miño-Sil, universidades, institutos de investigação, ONG’s e associações de pescadores, num diálogo transfronteiriço e colaborativo sobre estratégias conjuntas de gestão desta espécie invasora.

Em simultâneo, os alunos da EPRAMI participaram numa ação de sensibilização ambiental centrada na valorização da biodiversidade local e na importância da proteção de espécies autóctones e raras. Os jovens acompanharam o processo de revitalização do charco do Castelo, um espaço emblemático no centro da vila, com o objetivo de aprenderem a identificar espécies e a compreender o impacto das plantas invasoras, com especial foco na Nymphoides peltata (nenúfar-anão), uma planta de elevado valor ecológico.

Estas ações integram o projeto LudVISION Minho, desenvolvido pelo Município de Melgaço com financiamento do Fundo Ambiental, que visa monitorizar, compreender e mitigar a propagação da Ludwigia peploides no troço internacional do rio Minho e promover a participação ativa da comunidade na proteção da natureza.

Desde maio, o projeto já contabilizou mais de 10.000 kg (peso húmido) de material recolhido na área de intervenção, num trabalho que decorre até dezembro de 2025.