Comédias do Minho apresenta ‘Que cinema é este?’

A Comédias do Minho regressa a Melgaço, desta vez com a formação ‘Que cinema é este?’. A ação acontece nos dias 20 e 21 de outubro (sexta-feira: 21h00 – 23h00 | sábado: 10h00 – 13h00), na Casa da Cultura e insere-se no projeto Universidade Invisível, sob o tema ‘Que arte é esta? Pequenas histórias…’. O projeto tem vindo a ocupar um município do Vale do Minho, de cada vez, ao longo de um fim de semana.

Para além da formação teórica (sujeita a inscrição prévia em www.comediasdominho.com), o município de Melgaço recebe, no sábado, mais ações: pelas 15h00, o espetáculo Cinema de Animação | Mostra de Animação; pelas 17h00, um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação ‘Que arte é esta? Pequenas histórias…’ e pelo meio, conversas sobre o que se vê e pensa; e às 21h30, a Performance MB6. Durantes os dois dias, decorrerá ainda uma feira do livro temática (sexta-feira: 21h00 – 23h00 | sábado: 10h00 – 23h00). ‘As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar’, alerta a organização. As ações são de entrada livre e gratuita (limitadas aos lugares disponíveis).

‘Aqui aprende-se através de aproximações diversas e valoriza-se o encontro individual com a arte, com o conhecimento. Também aqui nem sempre somos capazes de aferir no imediato o que aprendemos ou a importância do que aprendemos. As sementes germinam na invisibilidade. Orienta-nos a afirmação do escultor Rui Chafes: Não sei o que a arte pode mas sei o que deve. A arte deve manter as perguntas acesas.’, considera a Comédias do Minho.

 Sinopse
O documentário observacional é muitas vezes visto como um ato de captação alheio a um pensamento complexo de construção. Neste módulo a companhia pretende mostrar como esta prática se tornou num ‘modo de fazer’ e num ‘gesto de pensar’, evoluindo através dos tempos. Hoje vive-se numa sociedade saturada de imagens, onde qualquer um tem à disposição inúmeros meios digitais capazes de filmar fragmentos díspares da realidade. Com a proliferação dos reality shows, o Big Brother de George Orwell ganhou uma dimensão lúdica e visível. ‘Somos todos apenas ‘voyeurs’? Onde está a linha ténue que distingue o cinema de modo observacional do resto? E será o próprio cinema indiferente à sociedade digital onde se insere?’, chama a atenção a Comédias do Minho.

FORMADOR Pedro Filipe Marques
Porto, 1976. É licenciado em realização cinematográfica pela ESTC, tendo desenvolvido trabalhos no cinema desde 1999, nas áreas de montagem e realização. Colabora em projetos de teatro desde 2009, tanto na realização de vídeos como em dramaturgia. Em 2013, concluiu o seu mestrado em Comunicação e Artes na Universidade Nova de Lisboa. Do seu trabalho como realizador, destacam-se as longas-metragens documentais ‘A Nossa Forma de Vida’ (2011) e ‘O Lugar Que Ocupas’ (2016).

A saber que a Comédias do Minho é um projeto cultural que começou em 2003, com a colaboração dos municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova da Cerveira, destinado a criar uma companhia de teatro profissional.
A sua missão é dotar o vale do Minho de um projeto cultural próprio, adaptado à sua realidade socioeconómica e, portanto, com um enfoque especial no envolvimento das populações, a partir da construção de propostas de efetivo valor participativo e simbólico, para as comunidades a que se dirigem.